PENSAMENTO DO DIA


"A maior desgraça que pode acontecer a um artista é começar pela literatura,
em vez de começar pela vida."

MIGUEL TORGA

ACONTECEU_

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DIA MUNDIAL DA POESIA

No dia 21 de março, o Agrupamento de Escolas de Nelas celebrou o Dia Mundial da Poesia com uma homenagem especial a Luís Vaz de Camões, no âmbito das comemorações dos 500 anos do seu nascimento.
Na Escola Secundária de Nelas (ESN), foram distribuídos e selecionados poemas para todos os professores, que os leram nas salas de aula, escolhendo textos de acordo com a sua disciplina, estabelecendo pontes entre a literatura e diferentes áreas do conhecimento.
Na Escola Básica Dr. Fortunato de Almeida (EBFA), realizaram-se leituras animadas e dramatizadas de poemas de Luís de Camões, contando com a sua "presença" simbólica para recordar o seu legado literário e a importância do seu quinto centenário.


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CONCURSOS_

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CONCURSO LeVA

Entre os dias 24 março e 3 de abril, decorreu a 10.ª edição do Concurso de Leitura em Voz Alta, uma iniciativa já emblemática no calendário escolar do concelho de Nelas, promovida no âmbito da Rede de Bibliotecas de Nelas. O concurso envolveu os alunos do 3.º ao 6.º ano de escolaridade dos estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas de Nelas, contando com a participação de dezenas de alunos das escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, bem como de alunos do 2.º Ciclo da EB Dr. Fortunato de Almeida.
As provas de leitura decorreram no Centro Escolar de Nelas e na biblioteca da Escola Básica Dr. Fortunato de Almeida, onde os alunos, previamente selecionados nas suas turmas, tiveram a oportunidade de demonstrar as suas competências de leitura expressiva.

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DESTAQUE_

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ELOS - FESTIVAL LITERÁRIO

De 10 a 17 de maio de 2025, o concelho de Nelas volta a ser palco de celebração literária com a realização da 9.ª edição do Elos – Festival Literário de Nelas. O evento resulta de uma organização conjunta do Município de Nelas e da Rede de Bibliotecas de Nelas, que integra a Biblioteca Municipal António Lobo Antunes, as bibliotecas escolares dos agrupamentos de Nelas e de Canas de Senhorim, a Biblioteca José Adelino de Canas de Senhorim e a Biblioteca da Fundação Lapa do Lobo.
O festival deste ano será dedicado à vida e obra de Maria Natália Miranda, escritora natural de Canas de Senhorim, distinguida por uma vasta produção literária que abrange poesia, literatura infantojuvenil e textos pedagógicos. Ao longo da carreira, a autora conquistou cerca de 400 prémios literários em Portugal e no estrangeiro.

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DESTAQUE DO MÊS_

MARIO VARGAS LLOSA

Jorge Mario Pedro Vargas Llosa (1936–2025), conhecido mundialmente como Mario Vargas Llosa, foi um dos mais proeminentes escritores, jornalistas, ensaístas, políticos e professores universitários do Peru e do mundo hispânico. Faleceu a 13 de abril de 2025, em Lima, deixando um legado literário profundamente enraizado na história cultural e política da América Latina.

Reconhecido como uma figura central do boom da literatura latino-americana – movimento que, a partir da década de 1960, deu projeção mundial a um grupo de autores inovadores na escrita e na temática – Vargas Llosa destacou-se tanto pela qualidade estética das suas obras como pelo seu olhar crítico sobre as sociedades latino-americanas.

Alcançou notoriedade internacional com romances marcantes como A Cidade e os Cães, A Casa Verde, Conversa na Catedral e As Travessuras da Menina Má, obras que exploram com profundidade temas como o poder, a corrupção, a identidade e a condição humana. Escreveu em múltiplos géneros, desde o romance e o ensaio até à crítica literária e o jornalismo, tendo parte significativa da sua produção sido traduzida para dezenas de línguas e adaptada ao cinema e ao teatro.

Ao longo da sua carreira, manteve uma forte intervenção no espaço público, com posições políticas muitas vezes controversas, o que também contribuiu para a sua projeção internacional enquanto intelectual comprometido com os debates do seu tempo.

Em 2010, foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, distinção que reconheceu “a sua cartografia das estruturas de poder e imagens vigorosas da resistência, da revolta e da derrota individual”, segundo a Academia Sueca.

Radicado na Europa durante grande parte da sua vida, viveu em países como Espanha, França e Reino Unido. Em 2011, foi agraciado pelo rei de Espanha com o título nobiliárquico de Marquês de Vargas Llosa, passando a residir em Madrid, onde continuou a escrever e a participar ativamente na vida literária e política.

A sua morte, aos 88 anos, marca o fim de uma era, mas a sua obra permanecerá como testemunho poderoso de um autor que atravessou fronteiras linguísticas, culturais e ideológicas, deixando uma marca indelével na literatura universal.
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Filha Da-Fortuna

Li e gostei...

por Paula Almeida

Torto Arado

 de Itamar Vieira Júnior
Editora: Leya

O torto arado foi-me oferecido por uma amiga da minha mãe, dizendo-me que eu ia gostar muito. Não se enganou. É um livro do autor barsileiro Itamar Vieira Júnior, e como muita literatura barsileira que tive o prazer de ler, tem uma linguagem doce, cantada e encantada.
A história começa de forma violenta, macabra. Duas irmãs, crianças, brincam com uma faca e cortam a língua sendo que, para uma delas, o corte é fatal e não mais volta a falar, senão pela voz da sua irmã.
A obra espelha a vida dura dos trabalhadores das fazendas do Brasil, os contrastes entre a gente humilde e os senhores, proprietários que exploram a mão de obra do povo, após a escravatura. Mas nas entrelinhas surge a questão: acabou mesmo a escravatura? Oficialmente sim, mas na verdade a condição humana, na forma como nos é apresentada, não.
Gostei de ler sobre a vida simples, despida de adornos, sobre a condição do povo, cuja riqueza está nas suas crenças e tradições. Gosto do misticismo irracional das gentes e das almas antigas. Gosto do amor retratado de forma visceral, quase sem sentido, tão diferente da realidade dos filmes ou da nossa sociedade.
Esta obra espelha a também a aceitação de quem se é, de como se vive, a prisão da realidade. É um livro feito de escolhas e de tragédias da vida, que reflete a História do Brasil e do seu povo, nas profundezas rurais.
O enredo é cativante, o ritmo cálido e lento e a linguagem agradável. Quando terminei senti saudades de ler Jorge Amado.

DESTAQUE NAS BIBLIOTECAS_

Os fantasmas nao batem a porta
Os fantasmas não batem à porta
Eulàlia Canal


Biblioteca CEN
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O efeito bola de menta

Inês Barata


Biblioteca CEN
O Museu
Fábrica de Gargalhdas

Emmanuel Manuel Noel


Biblioteca EBFA
O Museu-dos-Misterios
Como construir um barco

Elaine Feeney

Biblioteca ESN 
AE NELAS | 2024